domingo, 9 de junho de 2013

Insulina, Metabolismo de Glicose e Diabetes


A concentração de glicose no sangue varia normalmente entre 70-110 mg/dl. Isso é bem pouca glicose: para um adulto de 75 kg com 5 litros de sangue, equivale a uns 5 g de glicose circulando em TODO o sangue, ou um pacotinho daqueles encontrados nas mesas dos restaurantes.Faça as contas e você verá que a maior parte da glicose da sua sobremesa - que tem facilmente mais de 30 gramas de açúcar - é rapidamente removida do sangue após a refeição. Tirar açúcar do sangue jogando-o para dentro das células é função de um único hormônio: a insulina, secretada pelas células beta das ilhotas de Langerhans do pâncreas (e que, além de fazer fígado e músculos absorverem glicose do sangue e armazenarem-na como glicogênio, ainda faz o tecido adiposo armazenar lipídios do sangue como gordura corporal, e aumenta a absorção de aminoácidos e potássio pelas células).Dentro das células, a glicose serve como importante fonte de energia (embora não seja a única, nem a principal). O problema de não fabricar insulina (como no diabetes do tipo 1, em que as células beta do pâncreas são destruídas) ou de ficar pouco sensível a ela (como no diabetes tipo 2) é que as células não conseguem absorver glicose do sangue. O resultado imediato é que a taxa de açúcar no sangue demora a cair após as refeições.O verdadeiro problema do açúcar elevado no sangue, no entanto, é que o fato de ele estar lá significa que não está onde deveria estar: dentro das células, servindo de combustível.Apesar da alta glicose circulante, ou justamente porque ela está circulando e não dentro das células, estas, famintas, começam a usar as reservas de gordura do corpo e de proteína dos músculos para se alimentar.Aí está o drama do diabetes: o sangue tem açúcar, mas como este não chega às células, elas correm o risco de morrer de inanição. Se não corrigida, a falta total de insulina pode ser fatal em apenas dois dias. Se compensada com insulina ou revertida com medicação, exercícios físicos e alimentação correta, no entanto, o diabético pode ter uma vida perfeitamente normal.

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